sábado, 12 de março de 2011

Semicondutores (Parte II)

Diodo Não-polarizado
Quando um fabricante dopa um cristal de maneira que uma metade seja do tipo P e a outra metade do tipo N, resulta em algo novo e interessante. A fronteira entre o os materiais do tipo P e tipo N chama-se junção PN. A junção PN levou a diversas espécies de invenções, como diodos, transistores e circuitos integrados. Assim, a compreensão da junção PN permite perceber todas as espécies de dispositivos semicondutores.

Cada átomo trivalente num cristal de silício dopado origina um buraco. Cada sinal - envolvido por uma circunferência representa um átomo trivalente e cada sinal + simboliza um buraco na sua órbita de valência.
Análogamente, os átomos pentavalentes e os elétrons livres num semicondutor tipo N são visualizados como se vê no lado direito da figura. Cada sinal + dentor de uma circunferência indica um átomo pentavalente e cada sinal - exprime o elétron livre com que esse átomo contribui para o semicondutor. Note que cada pedaço de material semicondutor é elétricamente neutro, porque o número de sinais "mais" iguala os sinais "menos".

Um fabricante pode produzir um único cristal com material tipo P num lado e tipo N no outro, como ilustra a figura acima. A junçaõ é a fronteira onde se encontram as regiões tipo P e tipo N. Outro nome para um cristal PN é diodo de junção.

Devido à repulsão exercida entre si, os elétrons livres no lado N tendem a difundir-se (espalhar-se) em todas as direções. Alguns dos elétrons livres difundem-se através da junção. Quando um elétron livre entra na região P ( da esquerda da figura), torna-se um portador minoritário. Com tnatos buracos à sua volta, este portador minoritário possui uma curta duração de vida. Pouco depois de ter entrado na região P, o elétron livre cai num buraco. Logo que isto acontece, o buraco desaparece e o elétron livre torna-se um elétron de valência.

Cada par de íons positivo e negativo na junção chama-se dipolo. A criação de um dipolo significa que um elétron livre e um buraco deixaram de circular. Como a formação de dipolos aumenta, a região vizinha da junção é esvaziada de portadores. Esta região sem carga elétrica diz-se camada de depleção.

Os íons nesta camada de depleção originam um potencial de barreira. À temperatura ambiente este potencial de barreira é aproximadamente 0,7V num diodo de silício e 0,3V num diodo de germânio.

Polaridade Direta

Quando uma tensão externa se opõe ao potencial de barreira o diodo é polarizado diretamente. Se a tensão aplicada for maior que o potencial de barreira a corrente será elevada. Quer dizer, num diodo polarizado diretamente, a corrente flui facilmente.

Polaridade Inversa

Quando o terminal da negativo da bateria está conectado ao lado P e o terminal positivo ao lado N, dizemos que o diodo está polarizado inversamente.

Apesar disso, haverá ainda uma pequena corrente com polaridade inversa. Essa corrente denomina-se corrente de saturação. O nome de saturação significa que não se consegue obter mais corrente de portadores minoritários do que a produzida pela energia térmica. Ou seja, o aumento da tensão inversa não elava a quantidade de portadores minoritários criados termicamente.

Disrupção

Os diodos tem tensões estipuladas máximas. há um limite quanto à tensão inversa que um diodo pode suportar sem ser danificado. Se se continuar a elevar a tensão inversa atinge-se a tensão de disrupção do diodo. Em muitos diodos a tensão de disrupção é, pelo menos, de 50 V. O datasheet de um diodo mostra quanto vale a tensão de disrupção.

Uma vez atingida a tensão de disrupção, aparece repentinamente uma grande quantidade de portadores minoritários na camada de depleção e o diodo conduz uma corrente intensa.

Semicondutores (Parte I)

Condutores e Isolantes. 
Chamam-se condutores as substâncias nas quais os elétrons se locomovem com facilidade. Como se sabe, os elétrons circulam em órbitas distintas em torno do núcleo, tal como os planetas à volta do sol. Quanto mais perto do núcleo, maior é a força gravitacional que atrai o elétron para o centro. Assim, os elétrons da camada de valência do átomo sofrem menos atração do núcleo por estarem mais longe do mesmo. Como a atração entre o centro e o elétron da camada de valência é muito fraca, uma força exterior pode desalojar facilmente este elétron do átomo. Isso acontece por exemplo em um átomo de cobre, onde há somente um elétron na camada de valência. Por isso, esse elétron é designado como elétron livre. Também é por isso que o cobre consitui um bom condutor. A mais pequena tensão elétrica provoca a fluência dos elétrons livres de um átomo para outro vizinho.

 As substancias que têm os elétrons fortementes ligados ao núcleo do átomo são denominadas isolantes. Exemplos: borracha, plástico, etc. 

Semicondutores
Os melhores condutores (prata, cobre e ouro) têm um elétron de valência, enquanto que os melhores isolantes possuem oito elétrons de valência. Um semicondutor é um elemento com propriedades elétricas entre as de um condutor e as de um isolante. Como será de esperar, os melhores semicondutores têm quatro elétrons de valência.

Quando os átomos de silício se combinanm formam um sólido, configurando-se num padrão regular chamado cristal. Cada átomo de silício partilha os seus elétrons com quatro átomos vizinhos, de tal maneira que todos têm oito elétrons na órbita de valência. Estes oito elétrons produzem uma estabilidade química que resulta numa peça sólida do material de silício.  Uma órbita de valência que contenha oito elétrons está saturada, porque não se podem fixar mais elétrons nesta órbita.

Num cristal de silício as vibrações dos átomos podem desalojar, eventualmente, um elétron da órbita de valência. Se isto acontecer, o elétron liberto adquire energia suficiente para atingir uma órbita mais distante. Então obtém-se um elétron livre. A saída do elétron livre cria um lugar vago na órbita de valência, denominado buraco. Este buraco comporta-se como uma carga positiva, já que a perda do elétron origina um íon positivo. Assim, o buraco atrai e capta qualquer elétron na sua vizinhança.

Um semincondutor intrínseco é um semicondutor puro. Um cristal de silício´será um semicondutor intrínseco se cada átomo no cristal for um átomo de silício. À temperatura ambiente um cristal de silício comporta-se como um isolante, porque  dispões de poucos elétrons livres e buracos originados pela energia térmica.

Dopagem de um Semicondutor
Uma maneira de aumentar a condutividade de um semicondutor consiste na dopagem. Isto significa adicionar átomos de impureza a um cristal intrínseco para lhe alterar a condutividade elétrica. Um semicondutor dopado diz-se semicondutor extrínseco.

É possível dopar um semicondutor aumentando a quantidade de elétrons livres, ou de buracos. Assim, obtemos dois tipos de Semicondutores.
Semicondutores Tipo N: O silício que tenha sido dopado com uma impureza pentavalente chama-se semicondutor tipo N, onde N significa negativo. Como o número de elétrons livres excede o de buracos neste tipo de semicondutor, os elétrons livres dizem-se portadores maioritários e os buracos são portadores minoritários.
Semicondutores Tipo P: O silício que tenha sido dopado com uma impureza trivalente designa-se semicondutor tipo P, onde P significa positivo. Uma vez que os buracos excedem o número de elétrons livres, os buracos referem-se por portadores maioritários e os elétrons por portadores minoritários.

segunda-feira, 7 de março de 2011

MSP430 LaunchPad (MSP-EXP430G2)

     Nesta primeira postagem, vou apenas escrever um pouquinho sobre o MSP430 LaunchPad da Texas Instruments.

O LaunchPad é uma ferramenta de desenvolvimento fácil de usar, destinado tanto a usuários iniciantes quanto a usuários experientes para a criação de aplicativos baseados em microcontroladores MSP430.

Ele tem um soquete DIP que suporta microcontroladores de até 20 pinos. Possui uma ferramenta de emulação on-board que permite uma interface direta com o PC para uma programação, depuração e avaliação fácil. O LaunchPad ainda inclui dois botões e dois LEDs, além de pinos extras de entrada e saida que permitem uma integração com outros dispositivos. Também acompanham o LaunchPad, dois microcontroladores MSP430.

O Software e compilador podem ser baixados gratuitamente em: Code Composer Studio version 4.


Mais informações, visite o site: http://www.ti.com/launchpadwiki

Nas próximas postagens, vamos conhecer mais sobre os microcontroladores MSP430 que acompanham o LaunchPad e depois implementar nosso primeiro exemplo prático. Até lá.