A Figura 1 esquematiza um circuito retificador de onda-completa. Note-se o ponto médio do enrolamento secundário do transformador ligado à terra. Por isso, realiza um retificador de ponto médio, equivalente a dois retificadores de meia-onda, cada um com uma tensão de entrada igual a metade da tensão secundária. O diodo D1 conduz durante as alternâncias positivas e o diodo D2 durante as alternâncias negativas. Daí resulta que a corrente retificada na carga passa nas duas alternâncias. O retificador de ponto médio comporta-se como dois retificadores de meia-onda refletidos entre si.
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Figura 1 |
Durante ambas as alternâncias, a tensão de carga tem a mesma polaridade e a corrente de carga mantém igual sentido. Assim, o circuito também corresponde ao chamado retificador de onda-completa, visto que muda a tensão alternada de entrada numa tensão contínua pulsante à saida, como representa a Figura 2.
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Figura 2 |
Como o sinal de onda-completa tem duas vezes mais alternâncias positivas que o sinal de meia-onda, o valor contínuo ou médio é duplo, sendo dado por:
Ud = 2Up / PI
Uma vez que 2/PI = 0,636 (aproximadamente), então:
Ud = 0,636 Up
Nesta expressão vê-se que o valor contínuo ou valor médio é igual a 63,6 % do valor de pico. Por exemplo, se a tensão de pico do sinal de onda completa for 100 V, o respectivo valor médio determina a tensão contínua igual a 63,6 V.
Frequência de Saída
Num retificador de meia-onda a frequência de saída iguala a frequência de entrada. Mas num retificador de onda-completa acontece algo invulgar na frequência de saída. A tensão da rede de alimentação tem a frequência de 60 Hz. Por conseguinte, o período da entrada vem
Tin = 1/f = 1/60Hz = 17 ms
Em consequência da retificação de ponto médio, o período do sinal de onda-completa é metade do periodo da entrada:
Tout = 17 ms / 2 = 8,5 ms
Ao calcular a frequência de saída, obtém-se:
fout = 1 / Tout = 120 Hz (aproximadamente)
Ou seja, a frequencia de saida é o dobro da frequencia de entrada.